Adaptação de tecnologias educacionais à diversidade cultural é tema de Vitru no 30º CIAED
• Educação
Para ser transformadora, a aprendizagem precisa se moldar às diferentes realidades dos alunos brasileiros — do campo às periferias urbanas, das capitais aos interiores
Em um país diverso quanto o Brasil, especialistas da educação afirmam que o aprendizado significativo sem respeito às múltiplas culturas, contextos e trajetórias, não se sustenta. Porém, a transformação digital que atravessa o ensino superior, muitas vezes, desconsidera essas diferenças. Para Fabrício Ricardo Lazilha, diretor de Planejamento Acadêmico EAD da Vitru Educação, as tecnologias educacionais têm avançado a passos largos, com inovações como realidade virtual, inteligência artificial e aprendizado adaptativo.
O grande desafio do momento, segundo ele, é conversar com as realidades culturais e econômicas dos estudantes.
“Inovar não é apenas criar algo novo, mas romper com velhas lógicas e introduzir maneiras mais inclusivas de ensinar e aprender”, afirma, durante a palestra que na 30ª edição do Congresso Internacional ABED de Educação a Distância (CIAED).
Na Vitru Educação, a tecnologia é uma aliada poderosa na democratização do conhecimento.
“Por isso, adotamos os laboratórios virtuais como parte essencial de nossa estratégia pedagógica, que oferecem ambientes interativos que simulam experiências práticas com alta fidelidade, o que transforma a experiência de aprendizagem — especialmente em regiões onde o acesso a laboratórios físicos é inviável. Mais do que uma alternativa, são uma verdadeira ferramenta de inclusão”, discorre o diretor.
Esses laboratórios virtuais, integrados ao Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), permitem que estudantes de diferentes localidades explorem conteúdos complexos de forma prática, segura e autônoma. Áreas como Química, Física, Biologia e até práticas da saúde são abordadas com qualidade, flexibilidade e personalização.
“Isso significa respeitar o ritmo de cada estudante e, sobretudo, ampliar o acesso ao conhecimento científico”.
Outro recurso inovador que vem ganhando força são os ambientes profissionais imersivos. Esses espaços digitais simulam o ambiente de trabalho real, utilizando tecnologias como realidade virtual, realidade aumentada, simulações e plataformas on-line.
“Eles proporcionam interações e experiências semelhantes às de um ambiente físico, permitindo que os profissionais realizem atividades, colaborem e aprendam de forma virtual”.
Ao incorporar esse tipo de tecnologia, a educação superior se aproxima ainda mais das demandas do mercado, promovendo uma formação prática e contextualizada, fundamental para estudantes que precisam conciliar teoria e prática desde o início de sua trajetória.
Para Lazilha, esses ambientes se tornam cada vez mais relevantes, pois a inovação educacional não se resume à simples adoção de tecnologias de aprendizado.
“É necessário pensar em uma aprendizagem personalizada, adaptativa, capaz de acolher interesses diversos e preparar para um mercado de trabalho que ainda está sendo desenhado. A educação do presente precisa ser capaz de gerar cenários flexíveis, sensíveis às mudanças sociais, econômicas e culturais. É nesse ponto que a tecnologia deve atuar: não como fim, mas como meio. Para ser verdadeiramente transformadora, precisa se moldar às diferentes realidades dos alunos brasileiros — do campo às periferias urbanas, das capitais aos interiores”, finaliza o diretor.
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